Escrito pelo Pedrão!
Ai galera, bom vou por um relato do Pedrão sobre a nossa última trip no Cipó!!!!Leiam que e bem interessante!
Trip no Cipó (janeiro 2005)
"A verdadeira viajem de descobrimento não consiste em buscar novas paisagens, mas sim em ver com novos olhos".
Marcel Proust
Viajar para a Serra do Cipó é muito mais do que uma viajem de escalada. É uma viajem de conhecimento. Conhecimento do mundo maravilhoso que está ao nosso redor e do mundo oculto e intrínseco de nosso ser.
Aprendemos coisas simples como descascar cebolas ou cozinhar feijão e coisas imprescindíveis para o homem, como partilhar com todos aquilo que é seu. Lá na Serra, os valores são outros e temos de deixar para traz o nosso individualismo se quisermos preservar a harmonia coletiva.
O teto pouco espesso de nossas barracas parece nos deixar mais íntimos dos astros da noite. Nossos pensamentos esquadrinham as paredes peculiares da Sala da Justiça no Grupo 3. Pessoas do mundo todo escalam por lá.
Nesta temporada, começo de 2005, encontramos um casal de chilenos, pouco antes, um escalador local nos contou da recente visita do escalador Canadense Scott Milton que mandou uma das vias mais difícieis do local a Heróis da Resistência 9ºC, na primeira tentativa, on sight, á vista. Também teve o Isaac, espanhol sinistro que também mandou a Heróis da Resistência 9ºC á vista, só que em outra temporada, pouco antes do canadense. Monstruoso. Alias é comum encontrar esses monstros por lá. Um deles bem conhecido pela galera o "Bele", André Belezoski, repetiu a cadena da "Polter", uma conquista do próprio André e do Helmut do Rio feita em 1994. Poltergaist 10ºB, uma via totalmente singular, com movimentos atípicos e que empolgou a galéra por serem movimentos executados com tamanha precisão pelo André.
Outra cadena memorável foi do escalador João Ricardo quem mandou a Heróis da Resistência 9ºC em poucas tentativas. E as tentativas são um espetáculo entre si. Felipe Polido (Polah), com menos de um ano de escalada, mandou a ética 7ºC, o Libera 8ºB e por muito pouco não mandou a festinha de criança, um 8ºC de respeito. Felipe apertou a agarra do crux e como que levado pela "energia" da galera, buscou a próxima e mais outra e quase chegou no agarrão de descanso. "Dale emoção para seus amigos com o pé no chão".
Tudo bem amigo fica pra próxima viajem, pois é a partir desses desafios que conseguimos encaixar nossa motivação para treinar. Treinamos meses a fío para realizar a cadena daquele projeto e quando ouvimos o clique do mosquetão na ultima costura da via, uma mistura de sentimentos opostos invade. Uma alegria muito grande e no momento seguinte um vazio eminente. Já não existe mais o projeto, o motivo e sim busca, a procura por outro desfio maior que ira exigir mais treino, mais devoção, mais entrega,
Assim é a escalada no Cipó ou em qualquer outro lugar do mundo. Aprendemos mais sobre o lugar e sobre nós mesmos. Somos cavalheiros valentes em busca de algo que está acima de nós, algo q nos vê de cima e nois impeli a subir sempre mais...
"- Agradeço a meus amigos e parceiros de escalda (Arthur, Felipe e João) que partilharam comigo todos os anseios, todas as alegrias, momentos singulares que irão fazer parte de nossas vidas para sempre. Agradeço por existirem e ser como são". Amem
Pedro Bengamin
"Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há outros que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há aqueles q lutam toda uma visa, esses são impresandíveis."
Bretch
"Escalar montanhas é uma arte e o retorno do artista, não são os aplausos da platéia, mas sim uma brisa fresca, um belo por do sol. A chance singular de mesclar sentimentos tão profundos quanto o vale que se estende aos seus pés. E depois de tudo voltar para casa como meros coadjuvantes do espetáculo maior de todos que é a natureza divina".
Pedro Bengamin
Trip no Cipó (janeiro 2005)
"A verdadeira viajem de descobrimento não consiste em buscar novas paisagens, mas sim em ver com novos olhos".
Marcel Proust
Viajar para a Serra do Cipó é muito mais do que uma viajem de escalada. É uma viajem de conhecimento. Conhecimento do mundo maravilhoso que está ao nosso redor e do mundo oculto e intrínseco de nosso ser.
Aprendemos coisas simples como descascar cebolas ou cozinhar feijão e coisas imprescindíveis para o homem, como partilhar com todos aquilo que é seu. Lá na Serra, os valores são outros e temos de deixar para traz o nosso individualismo se quisermos preservar a harmonia coletiva.
O teto pouco espesso de nossas barracas parece nos deixar mais íntimos dos astros da noite. Nossos pensamentos esquadrinham as paredes peculiares da Sala da Justiça no Grupo 3. Pessoas do mundo todo escalam por lá.
Nesta temporada, começo de 2005, encontramos um casal de chilenos, pouco antes, um escalador local nos contou da recente visita do escalador Canadense Scott Milton que mandou uma das vias mais difícieis do local a Heróis da Resistência 9ºC, na primeira tentativa, on sight, á vista. Também teve o Isaac, espanhol sinistro que também mandou a Heróis da Resistência 9ºC á vista, só que em outra temporada, pouco antes do canadense. Monstruoso. Alias é comum encontrar esses monstros por lá. Um deles bem conhecido pela galera o "Bele", André Belezoski, repetiu a cadena da "Polter", uma conquista do próprio André e do Helmut do Rio feita em 1994. Poltergaist 10ºB, uma via totalmente singular, com movimentos atípicos e que empolgou a galéra por serem movimentos executados com tamanha precisão pelo André.
Outra cadena memorável foi do escalador João Ricardo quem mandou a Heróis da Resistência 9ºC em poucas tentativas. E as tentativas são um espetáculo entre si. Felipe Polido (Polah), com menos de um ano de escalada, mandou a ética 7ºC, o Libera 8ºB e por muito pouco não mandou a festinha de criança, um 8ºC de respeito. Felipe apertou a agarra do crux e como que levado pela "energia" da galera, buscou a próxima e mais outra e quase chegou no agarrão de descanso. "Dale emoção para seus amigos com o pé no chão".
Tudo bem amigo fica pra próxima viajem, pois é a partir desses desafios que conseguimos encaixar nossa motivação para treinar. Treinamos meses a fío para realizar a cadena daquele projeto e quando ouvimos o clique do mosquetão na ultima costura da via, uma mistura de sentimentos opostos invade. Uma alegria muito grande e no momento seguinte um vazio eminente. Já não existe mais o projeto, o motivo e sim busca, a procura por outro desfio maior que ira exigir mais treino, mais devoção, mais entrega,
Assim é a escalada no Cipó ou em qualquer outro lugar do mundo. Aprendemos mais sobre o lugar e sobre nós mesmos. Somos cavalheiros valentes em busca de algo que está acima de nós, algo q nos vê de cima e nois impeli a subir sempre mais...
"- Agradeço a meus amigos e parceiros de escalda (Arthur, Felipe e João) que partilharam comigo todos os anseios, todas as alegrias, momentos singulares que irão fazer parte de nossas vidas para sempre. Agradeço por existirem e ser como são". Amem
Pedro Bengamin
"Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há outros que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há aqueles q lutam toda uma visa, esses são impresandíveis."
Bretch
"Escalar montanhas é uma arte e o retorno do artista, não são os aplausos da platéia, mas sim uma brisa fresca, um belo por do sol. A chance singular de mesclar sentimentos tão profundos quanto o vale que se estende aos seus pés. E depois de tudo voltar para casa como meros coadjuvantes do espetáculo maior de todos que é a natureza divina".
Pedro Bengamin
Labels: Divagações Sobre Escalada
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