Wednesday, December 12, 2007

Contos de esclada

Escalador 1
parte 2

Os irmãos aceitaram a proposta cheios de entusiasmo. Um a um pulou a cerca, se ajudaram como de costume diante de qualquer adversidade da brincadeira. A quantidade de pedras de tamanhos variados aumentava e os mais novos deixam sua mente ir mais além quando nomeavam as formas de rochas diferentes que surgiam. Ao se distanciarem dos limites da fazenda, junto dos blocos formava-se um bosque tímido de árvores grandes e dispostas umas longe das outras. Avançando pelo novo terreno a grama macia sobre os pés das crianças transformavam tudo em um aspecto mais aconchegante.
A garota mais nova anuncia a hora de parar, com sede e fome obriga todos abandonarem a exploração por alguns minutos. Preparados para este tipo de situação alguns retiraram de suas singelas mochilas alguns lanches e algumas garrafas de refrigerantes preenchidas com água, acomodando tudo em uma grande roda protegidos por uma grande pedra que repousava suspensa sobre suas cabeças.
A distribuição de tudo era muito precisa cada um recebia o seu lanche com direito de beber água a vontade.
Guilherme rapidamente comeu tudo a fim de aproveitar o tempo vago para vistoriar o objeto de suas brincadeiras. Rodeado por várias pedras muito interessantes do seu ponto de vista e outras que nem cogitava em subir, passeou durante alguns minutos ensaiou algumas subidas sem muita pretensão. Continuou a busca por algo que não sabia o que era, mas sabia que havia de procurar. Seus irmãos estavam perto, isso era muito claro uma vez que todo aquele amontoado de crianças causava muito barulho ao redor do bosque. Junto com as vozes dos irmãos tornaram-se mais claras as vozes de outras pessoas, mal sabia o pequeno curioso aquilo que iria encontrar.
Andou até a metade de uma clareira avistando de longe três pessoas de frente para um bloco imponente, um dos maiores que ele já havia visto, aparentemente o triplo dos maiores que já subira em suas brincadeiras. Apertou um pouco os olhos para ver se conhecia tais pessoas, afinal aquele bosque parecia não abrigar uma viva alma humana e se seus irmãos soubessem disso o pretexto da exploração seria anulado, posto que a busca por lugares inóspitos era o foco da brincadeira. Uma mulher acompanhada de dois homens aparentando terem uns vinte e cinco anos e que para sua surpresa os três tentavam subir o bloco que, diferente de alguns que vira nas redondezas estava manchado de branco em diferentes lugares. Animado e tomado pela curiosidade aproximou-se sem pestanejar, algo dentro de sua mente dizia que a aproximação não traria problemas.
Alguns passos separavam as três pessoas entretidas no domínio do grande bloco e o garoto, este com profunda admiração observava aqueles que julgava serem seus iguais.Sentou-se em uma pedra que o mantinha ainda fora do alcance de visão daqueles jovens, embora a proximidade fosse tanta que poderiam ouvir qualquer som emitido pela criança, que era um fato impossível, pelo simples fato de Guilherme não querer atrapalhar aquele momento mágico que presenciava.

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1 Comments:

Blogger gibara said...

Pois é nego, tentei ligar para você e não consegui, mas acabou que eu nem fui. Ligamos para um amigo de lá e ele disse que choveu pacas no dia anterior.

Neste fim de semana vamos no domingo. Se tiver afim me dá uma ligada (tu tem meu número, né?)

8:32 AM  

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