Friday, November 30, 2007

Saudades...

De repente, bateu uma saudade de forró.
Sexta a noite era o dia, porém tudo já estava premeditado desde segunda, quem ia, os convites comprados dependendo do show, a grana do pai no bolso, resolvido também quem iria dirigindo, afinal tudo naquela bagunça era organizado. E sexta a tarde começavam as ligações, uns desistiam, outros surgiam de última hora, mas sempre cabia mais um...
Chagando lá a fila sempre valia a pena, umas vezes pequena, mas o tamanho exato para tomar um copo de jurupinga antes de entrar. Outras vezes gigantesca e abreviada com o famoso "cortar fila" e, mesmo assim era tempo de tomar umas três jurupingas antes de entrar.
Tradicionalmente, a jurupinga era comprada na banquinha da frente, se não me engano era um Real, ou três, não sei... so sei que aquele gostinho de vinho de jabuticaba invadindo a minha garganta era demais para um simples mortal! Um doce que não enjoa e facilmente embebeda, bebida perigosa e responsável por vários porres memoraveis no forró.
Uma vez dentro da casa de forró, Cooperativa Brasil, o mundo mudava. Todos, todos mesmo estavam a vontade ali, eu, por exemplo: camiseta, bermuda e chinelo... como é bom ir para a balada de chinelo! Certamente algumas vezes chovia e o pé voltava cheio de barro!
Para quem nunca foi será difícil entender o clima forró, mas, vou tentar descrever. Imagine um lugar quente, porém, um quente que mesmo suando é agradavel é difícil pensar assim. Imagine um lugar com muita gente e, ao mesmo tempo muito aconchegante. Imagine um lugar muito simples, simples mesmo, tipo chão irregular, som não muito bom e, mesmo assim muito glamuroso. Pois é, constatei agora que é difícil descrever a Cooperativa.
Naquele lugar tudo se mistura, raças tribos, classes sociais, corpos, culturas... saindo de lá percebemos que não necessitamos de muita coisa, o prazer esta na simplicidade das coisas. Saimos de lá carregados de cultura, ensinamentos e ardendo pelo calor humano e bom!
E as cores daquele lugar? A tamanha mistura de cores servem para completar a ilustração da noite. Tanta cor em constraste com as luzes amarelas, faz o lugar ficar mais aconchegante e mais misterioso.
Só sei que era muito bom, sexta a noite, dançar muito, dar muita risada com todos, beber um pouco pois, ninguém é de ferro.
Ainda volto lá...
Saudades do forró e em homenagem a ele, transcrevo esta música!

Versos Sinceros

Ah se você soubesse que eu ainda canto por você
Se você soubesse que eu ainda espero pra te ver
Queria te dizer que quando penso em você...

Sinto o macio doce dos teus beijos
e a rosa vermelha que ainda vejo, se abrir tão bela em flor
só pra te ver sorrir
Seu jeito tão menina de contar seus medos
e o mundo que gira enquanto escrevo versos sinceros sem você
vou sem ter hora, é hora de partir.

Cantando um amor que é todo seu não canso de lembrar
Do tempo que ainda é meu ou se perdeu
Quando o sol saiu pro mar.

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1 Comments:

Blogger gibara said...

Tu anda nostálgico ultimamente, hein!? HAHAHA

6:06 AM  

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